Na tarde do dia 8 de março, o MCVE participou do Ato Público, organizado pelos Movimentos de Mulheres, “Mulheres pela Democracia”, que aconteceu no Centro de Manaus, com caminhada que saiu da Praça da Saudade rumo ao Largo de São Sebastião em frente ao Tetro Amazonas. O ato em defesa e garantia dos direitos das mulheres propõe-se a lutar pela igualdade de gênero, o combate ao feminicídio e qualquer tipo de violência contra as mulheres, bem como, a inclusão da mulher na democracia dentre outras bandeiras de luta.
O dia 8 de março é uma data que evidencia as muitas conquistas femininas ao longo da história, mas auxilia pensar e alertar as sociedades sobre os graves problemas de gênero que persistem em todo o mundo.
Origem da comemoração - A data foi escolhida depois de 8 de março de 1917, quando um grupo de mulheres realizou uma manifestação em Petrogrado, na Rússia. Elas pediam melhores condições de vida e a retirada do país da Primeira Guerra Mundial.
Atualmente no Brasil, uma mulher é vítima de violência a cada quatro horas (AGÊNCIA BRASIL, 2023). Portanto, mesmo com significativos avanços em políticas públicas e havendo mudanças nas relações de poder e de gênero, a violência contra as mulheres continua sendo uma questão de saúde pública com fortes fatores socioculturais. O contexto histórico, apesar de ter transcorrido no tempo, ainda incide na vida das mulheres subjugando-as e representando seus corpos como objetos de servidão e prazer. Esse assombroso cenário perpassa a ideia de estarmos longe de vivermos em um mundo onde o estar com o outro seja modelado por uma nova ética.
Apesar do contexto atual, vislumbra-se solturas das amarras pela inserção da mulher nos espaços de liderança e na construção de novos saberes, o que agrega impactos na produção cultural e na disseminação de representações mais dignas e respeitosas.
Apesar do contexto social levar para olhares negativos, há sempre a possibilidade de mudanças e renovações.
As mulheres vêm resistindo e persistindo reconstruindo laços através das dores, das partilhas de vida, das histórias e das novas gerações que veem ressoando caminhos possíveis para homens e mulheres reconstruírem relações com respeito e justiça, novas formas de estar com o outro.