O MCVE deu início ao projeto “ESPERANÇAR”, nesta quarta-feira, as 8h da manhã, com a participação de todos educadores e voluntários da Instituição. O objetivo principal do projeto é oferecer um espaço para que pessoas em situação de rua possam fazer sua higiene pessoal, tomar um café, almoçar e participar de alguma atividade desenvolvida pelos agentes, três vezes por semana, durante 10 meses. Além disso, o projeto tem como finalidade trabalhar com a Rede de Proteção Social para encaminhamentos de casos e acompanhamento.
O projeto surgiu inspirado pela ação desenvolvida no ano de 2020, no auge da pandemia quando a Instituição resolveu atender pessoas em situação de rua, com doações de roupas, materiais de higiene e cuidados para prevenção da covid-19. Na ocasião, muitas pessoas foram atendidas e encaminhadas para a rede de proteção, rede pela qual o MCVE atua assiduamente. Porém, essa iniciativa funcionou apenas no período crítico da pandemia, durou somente 3 meses, mas foi o suficiente para alcançar ótimos resultados e que acabou servindo de “projeto piloto” para que hoje pudesse ser implantado com um tempo maior e com mais experiência na execução.
“Eu vi hoje um projeto que foi pensado a partir de um contexto de muito sofrimento e angústias, inicialmente foi um desafio por conta de todos os impactos da pandemia nas nossas vidas. Trouxe-nos medos, receio, e pensamentos por vezes negativos, mas que, com muita coragem e determinação o projeto seguiu adiante e nos fez “Esperançar”. Hoje o projeto Esperançar: vida e acolhida, simboliza esse percurso histórico que vai ficar na história do MCVE, mas também recorda o futuro numa possível Projeção de um mundo melhor a partir do momento em que você tem como objetivo dar visibilidade e acolhimento, melhor possível para as pessoas que estão invisíveis justamente aqueles e aquelas que vivem em situação de rua. É pensar em um Mundo Melhor, sonhar com uma humanidade mais terna, menos competitiva, menos focada no individualismo e mais na partilha e na boa ação.” Disse Nazaré Castro, coordenadora do MCVE.
A Instituição encaminhou um pedido de Emenda Parlamentar para o Deputado Federal José Ricardo, afim de buscar financiamento para execução desse projeto. Essa emenda, foi aprovada em 2021 e liberada neste ano de 2022. As atividades serão realizadas durante 10 meses, semanalmente, todas as segundas, quartas e sextas-feiras, iniciando com café da manhã e finalizando com almoço. Além disso, o projeto conta com uma equipe formada por 4 pessoas, sob a coordenação da Ir. Fátima, da congregação Oblatas de Assunção e o apoio da Equipe de Abordagem Social, Ação de Rua do MCVE.
“É um ponto de vista na vista do ponto, olhar a partir do ponto de vista a invisibilidade pessoas que vivem na rua. Viver essa experiência é contradizer as nossas práticas educativas, o fortalecer daquilo que é a missão Nossa como educador Popular. Estou passando por esse momento de vivência e aprendendo muito, porque, esse ponto de partida, esse ponto de vivência, para justamente aquele que era invisível, muitas vezes para mim, na minha militância política e na minha militância de Cristão, então, ter contato com essas pessoas me fazem e faz cada vez mais trazer a riqueza dentro de mim, e dar continuidade a partir da ação de um novo contexto “esperançar”.” Afirmou Ribamar Oliveira, abordador social do MCVE.